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bingo da amizade word,Jogue ao Lado da Hostess em Batalhas ao Vivo com Transmissões de Jogos em HD, Onde a Diversão Nunca Acaba e Cada Partida É Repleta de Ação e Estratégia..O crítico Henrique Araújo, do jornal ''O Povo'', viu o clipe mais como uma crítica social, no caso: O malandro, que é uma espécie de decalque do brasileiro, sobretudo do carioca, o malandro é um drible na norma. É o nexo entre o Carnaval e o Estado. O elo perdido entre nosso iberismo temperado com indianismo e o mundo inflexível do rito europeu, calcado em procedimentos cuja finalidade é traçar uma fronteira exata entre público e privado. Ou entre a casa e a rua, como analisa Roberto DaMatta em ''Carnavais, malandros e heróis''. O malandro é transgressão, portanto. Está para os arquétipos de rigor como Garrincha para os zagueiros. Não à toa, uma das qualidades do futebol nacional reside precisamente na capacidade de ludibriar os adversários, seja de que maneira for. Num esporte britânico marcado pela rigidez das regras e conformado ao espaço de quatro linhas, o brasileiro tropicalizou - mais que isso, devorou, no sentido antropofágico de Oswald de Andrade. Pelé, Romário e Renato Gaúcho (o gol de barriga é exemplo claro de um certo caráter local) são mostras da vitória da criatividade sobre a regra. Aqui, nosso corpo é espírito e vice-versa. A malandra de Anitta, então, é um drible dentro do drible, um desvio no desvio, uma quebra na quebra. Por isso o clipe foi gravado na quebrada do Vidigal, com mulheres de todo tipo, velhas e gordas, magras e peitudas. E homens também, todos com pouca roupa, rebolando ao som de ''funk'', reiterando o clichê gringo de que somos um pouco ainda como povos incivilizados: despidos, sem fé e sem lei, movidos apenas por uma lascívia atávica", finalizando: "Há nessa ética malandra da cantora, porém, um pulo do gato: como na metáfora oswaldiana, Anitta mastiga o bispo Sardinha. Hiperssexualiza não para objetificar, mas para assumir o poder sobre como os outros a olham - não é você que decide o que vê, sou eu que escolho o que mostrar. E ela mostra muito, mas, principalmente, mostra o que quer. Cartão de visitas da música, a bunda com celulite é a tradução disso. Onde querem o veto, a canota oferece o corpo real. É como se dissesse: temos direito a tudo, inclusive a gozar com o clichê estrangeiro. E é aí que a funkeira encontra o sociólogo. Contra todo rigorismo e censura, tanto do machismo quanto do feminismo, ela responde da mesma maneira: na malandragem".,Após retomar suas transmissões, a emissora afiliou-se com o Canal Futura, uma vez que a TV Cultura já havia passado a ser transmitida pela TVE ES em 12 de março de 2018.
bingo da amizade word,Jogue ao Lado da Hostess em Batalhas ao Vivo com Transmissões de Jogos em HD, Onde a Diversão Nunca Acaba e Cada Partida É Repleta de Ação e Estratégia..O crítico Henrique Araújo, do jornal ''O Povo'', viu o clipe mais como uma crítica social, no caso: O malandro, que é uma espécie de decalque do brasileiro, sobretudo do carioca, o malandro é um drible na norma. É o nexo entre o Carnaval e o Estado. O elo perdido entre nosso iberismo temperado com indianismo e o mundo inflexível do rito europeu, calcado em procedimentos cuja finalidade é traçar uma fronteira exata entre público e privado. Ou entre a casa e a rua, como analisa Roberto DaMatta em ''Carnavais, malandros e heróis''. O malandro é transgressão, portanto. Está para os arquétipos de rigor como Garrincha para os zagueiros. Não à toa, uma das qualidades do futebol nacional reside precisamente na capacidade de ludibriar os adversários, seja de que maneira for. Num esporte britânico marcado pela rigidez das regras e conformado ao espaço de quatro linhas, o brasileiro tropicalizou - mais que isso, devorou, no sentido antropofágico de Oswald de Andrade. Pelé, Romário e Renato Gaúcho (o gol de barriga é exemplo claro de um certo caráter local) são mostras da vitória da criatividade sobre a regra. Aqui, nosso corpo é espírito e vice-versa. A malandra de Anitta, então, é um drible dentro do drible, um desvio no desvio, uma quebra na quebra. Por isso o clipe foi gravado na quebrada do Vidigal, com mulheres de todo tipo, velhas e gordas, magras e peitudas. E homens também, todos com pouca roupa, rebolando ao som de ''funk'', reiterando o clichê gringo de que somos um pouco ainda como povos incivilizados: despidos, sem fé e sem lei, movidos apenas por uma lascívia atávica", finalizando: "Há nessa ética malandra da cantora, porém, um pulo do gato: como na metáfora oswaldiana, Anitta mastiga o bispo Sardinha. Hiperssexualiza não para objetificar, mas para assumir o poder sobre como os outros a olham - não é você que decide o que vê, sou eu que escolho o que mostrar. E ela mostra muito, mas, principalmente, mostra o que quer. Cartão de visitas da música, a bunda com celulite é a tradução disso. Onde querem o veto, a canota oferece o corpo real. É como se dissesse: temos direito a tudo, inclusive a gozar com o clichê estrangeiro. E é aí que a funkeira encontra o sociólogo. Contra todo rigorismo e censura, tanto do machismo quanto do feminismo, ela responde da mesma maneira: na malandragem".,Após retomar suas transmissões, a emissora afiliou-se com o Canal Futura, uma vez que a TV Cultura já havia passado a ser transmitida pela TVE ES em 12 de março de 2018.